Desafios e Soluções na Educação de Jovens em Situações de Risco e Vulnerabilidade Social
- Elizangela
- 20 de mai.
- 4 min de leitura
Atualizado: 21 de mai.

Um dos maiores desafios enfrentados pela sociedade brasileira é a educação de jovens em situação de risco. São adolescentes que, muitas vezes, enfrentam com vulnerabilidades sociais profundas e crescem em contextos marcados por padrões familiares disfuncionais, ausência de oportunidades e falta de redes de apoio. Esses desafios se entrelaçam e agravam a exclusão social, criando um ciclo difícil de romper.
Cerca de 400 mil crianças e adolescentes de 6 a 14 anos deixaram de frequentar a escola em 2023, evidenciando a urgência de políticas de inclusão. Nesse cenário, a inclusão educacional surge como uma ferramenta essencial — não apenas para o acesso ao conhecimento acadêmico, mas também para o desenvolvimento emocional, social e socioeconômico desses jovens. O trabalho de transformação precisa ir além da sala de aula: é preciso alcançar o ambiente em que o jovem está inserido, criando espaços de escuta, pertencimento e acolhimento — elementos fundamentais para que ele se sinta valorizado e motivado a construir um novo futuro.
Os dados reforçam essa urgência. Segundo o dossiê “Panorama da Situação de Saúde de Jovens Brasileiros de 2016 a 2022”, elaborado pela EPSJV/Fiocruz e pela Agenda Jovem Fiocruz, jovens são as principais vítimas de violência física, psicológica e sexual, superando outras faixas etárias.
Já o IBGE aponta que, em 2023, entre os 10,3 milhões de jovens de 15 a 29 anos que não estudavam nem estavam ocupados, há um forte recorte de raça e gênero:
Mulheres pretas ou pardas representavam 45,2% desse grupo,
Mulheres brancas, 18,9%,
Homens pretos ou pardos, 23,4%,
E homens brancos, 11,3%.
Apesar de essa ter sido a menor proporção desde o início da série histórica, em 2012, a realidade ainda é alarmante e exige ação efetiva e constante.
Ainda assim, há esperança. Transformar essa realidade exige um compromisso contínuo, com investimento em políticas públicas, cultura, esporte, educação e inclusão, garantindo que nenhum jovem seja deixado para trás. É fundamental combater as desigualdades estruturais e garantir que jovens de todas as origens tenham acesso a oportunidades dignas. Programas sociais e ações afirmativas que enfrentem os preconceitos de cor, raça, etnia e gênero são essenciais para inseri-los na sociedade e zelar por seus direitos.
Acima de tudo, é necessário apostar no protagonismo juvenil como força de transformação social, incentivando os jovens a se enxergarem como agentes ativos de mudança em suas comunidades.
O que o Social Bom Jesus oferece hoje para mudar essa realidade?

Nossa organização atua diretamente nesse propósito. Por meio de atividades socioeducativas, promovemos o convívio saudável, o fortalecimento de vínculos e o desenvolvimento das relações interpessoais. Realizamos oficinas, rodas de conversa, acompanhamento psicossocial e atividades culturais, sempre respeitando as histórias e particularidades de cada jovem.
Atualmente, aqui no Social Bom Jesus temos os seguintes serviços:
CCA – Centro para Crianças e Adolescentes: Oferece proteção social a crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade, promovendo o desenvolvimento de suas potencialidades, a conquista da autonomia e o fortalecimento de vínculos familiares e comunitários.
CCInter – Centro de Convivência Intergeracional :Atua na prevenção de situações de risco, promovendo a convivência entre gerações a partir de interesses e potencialidades dos participantes. Estimula a autonomia, o protagonismo e os vínculos familiares e sociais.
CEDESP – Centro de Desenvolvimento Social e Produtivo: Destinado a adolescentes, jovens e adultos a partir dos 15 anos, o centro visa à formação profissional, ao conhecimento do mundo do trabalho e ao desenvolvimento de habilidades que ampliem a participação social, a empregabilidade e a autonomia.
Acreditamos que toda trajetória pode ser ressignificada quando há acolhimento, escuta e compromisso com a dignidade humana. Queremos que cada jovem tenha não apenas a oportunidade de sonhar, mas também os meios para realizar e transformar — a si mesmo e o mundo ao seu redor.
Seja a mudança que você quer ver no mundo!
Contribua com a ONG Social Bom Jesus e ajude-nos a continuar nossos projetos sociais que impactam tantas famílias em situação de vulnerabilidade.
Por: Elizângela Maria da Cruz, 47 anos, graduada em Serviço Social.
Atuando há 25 anos dentro da OSC Social Bom Jesus.
Trabalhou em alguns serviços como, Auxiliar de desenvolvimento infantil, orientadora sócio educativa no Sasf e no Saica, como técnica Social no Serviço de Medida Sócio Educativa, e como Supervisora no CCInter Clube da Turma. Atualmente trabalha como gerente do CCA Luca.
Camila Carla Domingues Morais, 38 anos, formada em pedagogia.
Atua há 17 anos na ONG Social Bom Jesus, iniciou a vida profissional na área da educação como professora em 2008 e anos depois se tornou Coordenadora pedagógica no CEI Universal, em 2019 passou a atuar na Assistência Social como gerente do CCA Ipava.
Antonia de Maria Camelo Sampaio Klinke, formada em pedagodia
Atua há 15 anos de Bom Jesus
Iniciou no mercado de trabalho na área financeira, bancária por 29 anos, se aposentou e iniciou o trabalho no Social Bom Jesus no CEI Nossa Senhora Aparecida, como professora, depois passou para assistência social no MSE Capao Redondo I , onde passou pelo administrativo, técnica social e posteriormente gerente. Desde 2019 atua como gerente no CCA Bandeirantes.
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