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Educação Antirracista na Infância: compromisso, cuidado e transformação

  • Foto do escritor: Social Bom Jesus
    Social Bom Jesus
  • há 14 minutos
  • 4 min de leitura

No Instituto SBJ, acreditamos que toda criança tem o direito de crescer em um ambiente que reconheça sua identidade, valorize sua história e acolha sua humanidade. Por isso, reafirmamos nosso compromisso com uma educação antirracista desde a infância, entendendo que essa prática vai muito além do currículo: ela faz parte da construção de uma sociedade mais justa e consciente.


 Por que o compromisso começa cedo?

A infância é o momento em que valores são formados, vínculos são estabelecidos e percepções sobre si e sobre o mundo ganham forma. Nesse período, a escola tem papel central: é onde as crianças aprendem a conviver com a diversidade e a compreender que diferenças não devem se tornar desigualdades.


Pesquisas apontam que experiências de discriminação, mesmo sutis, podem ocorrer já nos primeiros anos de vida, impactando o desenvolvimento emocional e social das crianças. Para o Instituto SBJ, essa constatação reforça a importância de práticas pedagógicas intencionais, que promovam autoestima, pertencimento e relações éticas entre todas as infâncias.


Educar de forma antirracista não é uma ação pontual — é uma postura permanente, cotidiana e institucional.


Diretrizes para um currículo antirracista no Instituto SBJ

Nossas ações formativas se orientam pelos princípios das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e pela Lei 10.639/03. Um currículo verdadeiramente antirracista envolve:


1. Representatividade que acolhe e fortalece

Materiais pedagógicos, imagens, livros, brinquedos e linguagens diversas devem refletir a pluralidade brasileira. Toda criança precisa se reconhecer — e reconhecer o outro — com dignidade.


2. Valorização de histórias e saberes

Incluir culturas afro-brasileiras, africanas e indígenas no cotidiano educativo é reconhecer o papel fundamental desses povos na construção do Brasil — e afirmar que suas narrativas fazem parte da formação integral de nossas crianças.


3. Formação continuada das equipes

O Instituto SBJ investe na preparação de profissionais para que atuem com segurança, sensibilidade e consciência crítica. A prática antirracista exige estudo, reflexão e atualização permanente.


4. Mediação responsável das relações

Comentários sobre aparência, diferenças ou estereótipos não são ignorados. São acolhidos como oportunidades pedagógicas, nas quais dialogamos, esclarecemos e construímos novos entendimentos com cuidado e intencionalidade.


5. Parceria com as famílias Reconhecemos que a educação é uma construção compartilhada. Por isso, buscamos dialogar com as famílias, sensibilizar sobre temas raciais e fortalecer redes de apoio ao desenvolvimento das crianças.

 

O que a educação antirracista promove?

Quando assumimos a educação antirracista como princípio, fortalecemos:

• a autoestima e o pertencimento das crianças negras e indígenas,

• a construção de relações baseadas em respeito, equidade e empatia,

• a prevenção de práticas discriminatórias no cotidiano escolar,

• o desenvolvimento de uma consciência cidadã, crítica e sensível às injustiças,

•  e o compromisso com um futuro mais justo para todas as infâncias.

 

Onde isso acontece: os CEIs do Instituto SBJ

O Instituto Social Bom Jesus atualmente possui três unidades de Centro de Educação Infantil (CEI), espalhadas por diferentes regiões da Grande São Paulo:

CEI Indireto Jaguaré (zona noroeste): atende 174 crianças, sendo 88 em berçário, com 30 colaboradores.


CEI Santa Edwiges (zona sul): atende 122 crianças, das quais 52 estão em berçário, com 23 colaboradores.


CEI Social Bom Jesus (extremo sul): atende 209 crianças, com 82 em berçário, e conta com 34 colaboradores — o maior número da instituição.


Apesar de estarem em regiões e territórios distintos, todos os CEIs seguem as orientações da Secretaria Municipal de Educação (SME), como o Currículo da Cidade e as diretrizes de educação antirracista, abordando de forma leve e lúdica as questões relacionadas ao racismo na primeira infância.

As experiências são baseadas no brincar, na imaginação, na criatividade e no pensamento — pilares que sustentam uma infância potente, plural e respeitada.


No Instituto SBJ, educar é um ato de responsabilidade social.

E educar antirracistamente é um compromisso com cada criança, com cada família e com o país que queremos construir.

 

 CEI INDIRETO JAGUARÉ   


    

O que significa "Ubuntu"?

Ubuntu é uma filosofia africana que significa "humanidade para com todos". É uma forma de pensar que enfatiza a importância da compaixão, da solidariedade e da comunidade.


A infância é algo mágico e valioso. Explorar a diversidade cultural dos povos indígenas, negros e das nossas raízes ajuda a formar futuros pensadores e críticos. É uma forma de criar pessoas que lutam contra o racismo, contribuindo para uma sociedade mais justa e igualitária. 


CEI SOCIAL BOM JESUS

 

  CEI Santa Edwirges

 

 

As famílias são encorajadas a conversar sobre racismo com as crianças e bebês desde cedo, ajudando a corrigir e evitar preconceitos, sempre em diálogo com a escola. Assim, pais e educadores trabalham juntos, em prol de uma missão, de um mundo melhor para se viver, sem preconceitos.


“É importante evidenciarmos que lugar de fala, representatividade e protagonismo não são sinônimos, e a compreensão de cada um dos termos contribuirá no entendimento da responsabilidade e do lugar de todos(as) no combate ao racismo” -Currículo da cidade Educação Antirracista pg. 39



 

Para o Instituto SBJ, é fundamental incentivar o letramento racial entre todos os seus colaboradores. Por isso, oferecemos Formações e palestras sobre racismo estrutural, vieses inconscientes e diferentes formas de discriminação racial. Levamos esse tema muito a sério e buscamos criar espaços de diálogo e escuta, onde as pessoas negras possam compartilhar suas experiências, que são sempre valorizadas e reconhecidas.


Formação Institucional Letramento racial Clube da Turma  

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Contextos Formativos nas Unidades Educacionais


    

Nos CEIs do Instituto SBJ, todos os aspectos interagem e compartilham saberes no ambiente infantil, o acolhimento com empatia, a comunicação aberta e a troca de conhecimentos são fundamentais para a continuidade dos nossos Centros de Educação Infantil, visando um atendimento de qualidade e respeito, favorecendo práticas antirracistas em nossas unidades educacionais. 



Texto feito de forma colaborativa por: Ana Cristina de Souza Teixeira

Pedagoga, Professora de Educação Infantil, Coordenadora Pedagógica e Diretora de CEI / Colaboradora do Social Bom Jesus desde 1999.


Alessandra Jesus dos Santos

Pedagoga, psicopedagoga e formada em gestão de projetos.

Atuo no Social Bom Jesus há 20 anos, dos quais 18 foram dedicados à área da Assistência Social. Atualmente, há 2 anos, tenho a alegria e o compromisso de exercer a função de Diretora no CEI Indireto Santa Edwiges.


 Valdineia Loures

Pedagoga, estudante de Psicanálise, apaixonada pelo Educação Infantil.

Está no Social Bom Jesus há 10 anos, passou pelo CEI Santa Edwiges como professora de Educação Infantil, assumiu a Coordenação do CEI Social Bom Jesus e atualmente como Diretora no CEI Indireto Jaguaré.




 
 
 
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